A mineradora brasileira de minério de ferro Vale disse na segunda-feira que agora espera vendas de minério de ferro e pelotas entre 307 milhões e 312 milhões de toneladas em 2019, implicando pelo menos uma queda de 14,7% em relação ao ano anterior, à medida que enfrenta as consequências de uma explosão mortal de barragem. .
A Vale foi obrigada a interromper a produção em várias minas ao fechar barragens de rejeitos que compartilham a estrutura “a montante” que desabou em Brumadinho em janeiro, matando mais de 250 pessoas.
A mineradora previa inicialmente as vendas de 2019 no ponto médio de 307 a 332 milhões de toneladas, antes de dizer em outubro que esperava que elas se situassem entre a extremidade inferior e o ponto médio da faixa.
A mudança de perspectiva deve-se à “maior visibilidade das vendas esperadas para o quarto trimestre”, que deve ficar entre 83 milhões e 88 milhões de toneladas, sugerindo uma queda de pelo menos 9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A empresa disse ainda que, no primeiro trimestre, a produção e as vendas devem ficar entre 70 milhões e 75 milhões de toneladas, “devido à sazonalidade, ao retorno gradual e seguro das operações e em linha com a estratégia de margem sobre volume”.
Isso se compara a 67,7 milhões de toneladas no trimestre do ano passado, o primeiro afetado pelo colapso de Brumadinho.
As ações da Vale caíram 2,4% nas negociações no início da tarde em São Paulo.
A Vale não emitiu perspectivas separadas para as vendas de minério de ferro e pelotas, mas as primeiras representam normalmente a maior parte de suas vendas.
No início de novembro, a Vale afirmou ter obtido autorização para reiniciar a produção em sua mina de Alegria, interrompida em março, após um “teste de estresse” não garantir sua estabilidade.
Mas mesmo com essa restauração, as minas que responderam por 42 milhões de toneladas de produção permanecem offline ou estão operando abaixo da capacidade máxima.
A Vale disse em recente teleconferência com investidores que espera restaurar toda a produção perdida em 2020 e 2021, potencialmente aumentando sua produção anual para cerca de 400 milhões de toneladas.
A mineradora também disse na segunda-feira que reduziu sua previsão de produção de cobre para um intervalo de 382.000 a 386.000 toneladas, principalmente por causa da manutenção não programada da correia transportadora e da usina em uma mina no norte do Brasil.
A produção anual totalizou 395.500 toneladas em 2018.
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